domingo, 9 de junho de 2013

Maior desafio, no espaço



   Em entrevista coletiva em 2009, no Rio de Janeiro, Buzz Aldrin, o segundo homem a pisar na Lua, revelou: “Não demorou para eu descobrir que o desafio para mim não era ser um operador indo à Lua. Era voltar e ser uma pessoa aqui na Terra”. Quarenta anos antes, no dia 20 de julho de 1969, Aldrin desceu as escadas do módulo lunar e declarou: “Linda, linda. Desolação magnífica”. A frase inspirou o título de sua última autobiografia, “Desolação magnífica: a longa jornada da Lua para casa”, de 2009. Nela, Buzz descreve o grande vazio enfrentado após o retorno à Terra e questiona: "O que um homem pode fazer como segundo ato depois de andar na Lua?". 

   Além de todo o esforço para chegar aonde nenhum homem havia ousado e da pressão política inerente ao tamanho da tarefa que se divisava, o astronauta teve de enfrentar um drama familiar no período que antecedeu a chegada à Lua: sua mãe, Marion Moon, atormentada por uma depressão e pela iminência da fama do filho, cometeu suicídio um ano antes do pouso histórico da Eagle. Depois de conquistar a Lua e ver seu casamento de 21 anos fracassar, Aldrin também cedeu à depressão - e à bebida. Na palestra realizada na Campus Party Brasil 2013, em São Paulo, no dia 29 de janeiro, desabafou: “Eu não tinha previsto o tamanho da notoriedade que a missão me traria. Foi nessa época que comecei a beber, e os sintomas da depressão começaram a aparecer. Foi um período obscuro da minha vida. Quase uma década de improdutividade”.
  postado por Alanda

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